domingo, 10 de outubro de 2010

Last outjazz, summer's gone

Sunshine Playground







Jardim das necessidades @ 26.09.10

domingo, 19 de setembro de 2010

Alarme Matinal

A calçada que já tinha saudades de ser pisada
os mesmos trilhos a mesma rotina..

já sem estares à espera começa um ciclo que te invade por entre os dedos,
outrora esquecido mas hoje vivido.

caras, vozes, gritos sonantes (ou não) que te entram nos ouvidos indeliberadamente
acordas de um vazio que não te enche por completo

o cheiro do recomeço que outrora era novidade
o mover de uma folha perdida na ambiguidade
de uma árvore que cede à variação do vento
resistindo à chegada iminente da chuva

É o que vejo da minha janela..

a chegada da mudança,
as mangas compridas,
o Outono

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

whisper

A areia entre os dedos
o silêncio da água
o descanso
o não fazer nada
o verde, o azul o amarelo
as árvores
os bichos
a calma temporária que no momento aparenta ser eterna
ao ponto de te cansares dela própria
os risos
as ondas que te envolvem aos poucos na atmosfera idealizada
a música da natureza
o cheiro a praia
eu
tu,
o verão.


domingo, 7 de março de 2010

On the Radio

No seio de uma correria alegre, risos, conversas paralelas.
A noite lá fora parecia tão sem sentido, quando momentos como aquele se passavam, quentes e harmoniosos.
os mais novos brincavam com ruído de fundo, descobriam formas novas a cada gesto emitido timidamente, na ânsia de conhecer mais do que no segundo prévio.
Sentiam-se como que os donos de um mundo obtuso criado por eles próprios, onde o que importava era a simplicidade mútua, na fantasia de coisas e malas e chapéus que usavam para um fim peculiar.
Descobertos de um cobertor escondido, frágeis, seguiam nos trilhos de mais um dia, a cada passo a inocência desvanecia-se.
Numa floresta densa corres sempre nervoso, olhando em redor, assustado. Ciente de que um passo em falso poderá ser o fim do jogo. Começas a perceber que afinal as coisas não são bem assim mas continuas a subir a rua, na esperança de teres a comida pronta ao estacionares no cubículo.

powered by : GMF membership 7/03/2010

sábado, 30 de janeiro de 2010

Fnac do Alegro, 31 de Janeiro às 16.30h




Ora, amanhã na FNAC do Alegro vai ocorrer o lançamento do livro intitulado "Detrás da Sombra" da autoria de Yegamino, um promissor escritor com apenas 16 anos, que retrata metafóricamente questões místicas e transcendentes à rotina de mais um dia. O livro é constituído por uma compilação de poemas, dos quais um em inglês e outro em francês sendo os restantes em português. O autor, natural de Monte-Abraão de raízes congolesas e aluno do 11ºano na escola secundária Miguel Torga (Sintra) sempre mostrou uma paixão pela escrita, que começou a ser desenvolvida a partir dos seus 5 anos de idade.
Trata-se de uma obra acessível e metódica, cujo tema principal anuncia uma realidade abstracta e ilusória, tendo como objectivo atingir o conhecimento e ver o mundo a partir de outra perspectiva, em que nada aparenta ser o que é.
No decorrer da apresentação do livro podemos encontrar uma corrente artística de promoção a jovens talentos, entre declamações expressivas e poemas cantados, ainda com a presença de um crítico literário entre outras actividades.
Após o espectáculo temático dar-se-à inicio a uma sessão de autógrafos, no âmbito de promover o livro. O custo do mesmo é de 16euros.

A todos os que se interessam por literatura e derivados, apareçam : D

Contamos com a vossa presença.

Links úteis :

BLOG DO AUTOR http://detrasdasombra.blogspot.com/

FNAC http://cultura.fnac.pt/Agenda/fnac-lisboa/fnac-alfragide/2010/1/2/detras-da-sombra

VENDA E-BOOK ONLINE http://www.worldartfriends.com/store/411-detras-da-sombra.html

BIOGRAFIA http://pt.wikipedia.org/wiki/Detr%C3%A1s_da_Sombra



domingo, 4 de outubro de 2009

Teletubbies

Vieram com o nevoeiro, aparentemente inocente.
Olhei, e olhei.. e vi-os aos 4 lá no fundo.
Entreaberta, a minha janela protegia-me dos perigos meteorológicos.
Pensava eu que sim.
Um amarelo, um verde, um vermelho e um roxo.
morbidamente alegres, de olhos bem abertos, sorridentes.
Tentei-me esconder, mas era tarde demais.
Há muito tempo que preparavam esta emboscada sangrenta.
Com armas mentais, a dar freestyle.
Uns atrás dos outros, sussurrantes.
uma brisa pacífica que me induziu em erro.
Corri para debaixo da cama, com o ritmo cardíaco acelerado.
Multiplicaram-se.
Zombies coloridos que invadiram o meu quarto.
Procurando um breve sinal de vida, de respiração.
Quando já pensava estar segura, sai calmamente do esconderijo improvisado.
Surpresa minha quando abri os olhos,
e desapareci.
ainda hoje os vejo em todo o lado, sinistramente.

domingo, 20 de setembro de 2009

Maybe outside, maybe not

A chuva cai.

Entre choros e lágrimas que escorrem do céu, a folhagem manifesta a sua dor num zumbido de opressão que afugenta firmemente as aves tropicais que outrora preenchiam o espaço envolvente.

Voam agora para uma miragem que se afirma no limiar do horizonte.

Isto porque, amanhã é o dia.

Começa oficialmente o Outono.